terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Notícia(s) do Dia: Universidade de Coimbra lança primeiro radiofármaco português



Universidade de Coimbra lança primeiro radiofármaco português


A Universidade de Coimbra lança esta semana o primeiro radiofármaco português. Trata-se de um medicamento para o diagnóstico do cancro que já foi autorizado pelo Infarmed.

O radiofármaco vai chegar ao mercado depois de uma investigação clínica que envolveu mais 1.500 doentes. A sessão de lançamento está marcada para a próxima sexta feira, em Coimbra.

O radiofármaco português surge no mercado depois de uma década de investigação. É desenvolvido no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra e a produção atingida chega já para cobrir as necessidades do mercado nacional.

O medicamento é injectado nos doentes e permite perceber a evolução da doença oncológica. Uma das grandes vantagens do radiofármaco português é a sua grande estabilidade, explica o vice-reitor para a investigação e director técnico para a produção do ICNAS, Amílcar Falcão, em declarações à Renascença.

“A radioactividade perde-se à medida que o tempo passa e nós, ao estarmos a produzir em Coimbra e ao podermos distribuir para Lisboa e Porto, que ficam a duas horas de caminho, nós conseguimos fazer chegar o radiofármaco com um maior grau de radioactividade, portanto, mais interessante do que quando ele vem de Madrid ou Sevilha, que demora o triplo do tempo em cá chegar.”

Outra vantagem é produzir a molécula em metade do tempo em relação à concorrência e ter uma estabilidade maior.

A partir de agora, Portugal deixa de depender da produção espanhola de radiofármacos. A proximidade na distribuição torna-se assim num grande trunfo, sublinha Amílcar Falcão.

“Por exemplo, um médico e os doentes que estejam preparados para fazer um exame às 8h00, nós colocamos o radiofármaco às 8h00, 8h05 no máximo, ao passo que já tem acontecido muitas vezes esses exames terem de ser desmarcados e serem marcados para outro dia, dado o atraso”, explica o vice-reitor para a investigação e director técnico para a produção do ICNAS.

O radiofármaco que chega agora ao mercado farmacêutico português é uma das muitas moléculas em desenvolvimento no ciclotrão da Universidade de Coimbra, que prevê "lançar nos próximos três a quatro anos seis novos medicamentos.


Fonte: RENASCENÇA ONLINE

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