sexta-feira, 29 de abril de 2011

Livros que merecem ser lidos...



Como se Faz uma Tese
Em Ciências Humanas

Esta obra é dirigida a todos os estudantes "em situação difícil", ou seja têm que preparar a sua tese de Licenciatura. Umberto Eco expõe o que se entende por tese, como escolher o tema e organizar o tempo de trabalho, como conduzir uma investigação bibliográfica, como organizar o material seleccionado e, finalmente, como dispor a redacção do trabalho. E sugere que se aproveite "a ocasião da tese para recuperar o sentido positivo e progressivo do estudo, entendido como aquisição de uma capacidade para identificar oa problemas, encará-los com método e expô-los segundo certas técnicas de comunicação". Um livro sempre actual e indespensável, que interessa agora. Este livro é publicado pela Editorial Presença, de 1977, e tem 224 páginas.




Índice

INTRODUÇÃO

I. O que é uma Tese e para que serve
   1.1. Porque se deve fazer uma tese e o que é
   1.2. A quem interessa este livro
   1.3. De que modo uma tese serve também para depois da licenciatura
   1.4. Quatro regras óbvias

II. A Escolha do Tema
   2.1. Tese monográfica ou tese panorâmica?
   2.2. Tese histórica ou tese teórica?
   2.3. Temas antigos ou temas contemporâneos?
   2.4. Quanto tempo é preciso para fazer uma tese?
   2.5. É necessário saber línguas estrangeiras?
   2.6. Tese "científica" ou tese política?
   2.7. Como evitar deixar-se explorar pelo relator

III. A Procura do Material
   3.1. A acessibilidade das fontes
   3.2. A investigação bibliográfica

IV. O Plano de Trabalho e a Elaboração de Fichas
   4.1. O índice como hipótese de trabalho
   4.2. Fichas e apontamentos

V. A Redacção
   5.1. A quem nos dirigimos
   5.2. Como se fala
   5.3. As citações
   5.4. As notas de rodapé
   5.5. Advertências, ratoeiras, costumes
   5.6. O orgulho científico

VI. A Redacção Definitiva
   6.1. Critérios gráficos
   6.2. A bibliografia final
   6.3. Os apêndices
   6.4. O índice

VII. Conclusões

Bibliografia Selectiva

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Poeta é um fingidor



Sonho. Não Sei quem Sou


Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
             Minha alma não tem alma.

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
             Não tenho ser nem lei.

Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
             Coração de ninguém.


ANÁLISE DO POEMA


O poema "Sonho. Não sei quem sou" de Fernando Pessoa, pertencia ao seu cancioneiro e é um poema ortónimo datado de 6/1/1923.
"Trata-se de um período algo conturbado da vida do poeta, que se vê envolvido com a censura da época, por causa de alguns livros publicados pela editora que fundou – a Olissipo.
No entanto, percorrem o poema temas universais queridos a Fernando Pessoa, nomeadamente o tema do abandono e da solidão, a confusão entre o sonho e a realidade, entre o que sonhado
e o real, entre o agora e o futuro.
"Sonho. Não sei quem sou neste momento. / Durmo sentindo-me. Na hora calma / Meu pensamento esquece o pensamento, / Minha alma não tem alma." - Conseguimos imaginá-lo sentado no seu quarto na Rua Coelho da Rocha (hoje Casa Fernando Pessoa e onde vivia já em 1923), provavelmente à noite pois é quando mais escrevia, a olhar silencioso para o infinito do papel, talvez de pé.
Tentando sair da sua condição diz que sonha. Assim se perde da sua identidade redutora. A sua sonolência em relação à sua identidade – tema marcante da sua poesia - traz-lhe um "pensamento que esquece o pensamento". Quer dizer que sonhando-se deixa de pensar - quer ser todo ele sonho e dormência. Nem alma deseja ter.
"Se existo é um erro eu o saber. Se acordo / Parece que erro. Sinto que não sei. / Nada quero nem tenho nem recordo. / Não tenho ser nem lei." - Tão profundo se deixa cair no esquecimento que a vida mesma lhe parece um erro, um erro pelo menos ele saber dela. Todo ele é um nada, que assume que não tem desejos (nada quer), nem recordações, nem sequer destino (nem ser, nem lei).
"Lapso da consciência entre ilusões, / Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações, / Coração de ninguém." - O seu pensamento é-lhe como uma falha do coração, um interstício sem sentido. E o seu lamento em direcção a si próprio serve de conclusão ao seu dramático e elaborado pensamento nocturno – por muito dormente também claro e branco - dizendo que vive dentro de si um coração abandonado por todos, alheio a todos os outros corações, “corações de ninguém”.
Verdadeira canção de abandonado, sem no entanto nunca ser completamente triste e angustiada, os versos deste poema-canção revelam bem do que ia por dentro da alma de Fernando Pessoa adulto, já consciente da sua vida, já deixado apenas aos projectos pessoais, à sua obra. Tinha quebrado a sua relação com Ophélia Queiroz em 1920 e desde então tornara-se, mesmo segundo as palavras da sua namorada, mais frio e fechado, mais abandonado em si mesmo.
Eis afinal como as palavras se revelam como um espelho para a alma deste homem complexo, mas poucas vezes realmente complicado de ler. Era afinal humano e as suas frases, mesmo que difíceis de interpretar, vertem apenas a emoção de um homem triste, deixado sozinho, metade por opção sua, metade por opção do destino que assim tinha desenhado a sua vida.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os "Pais" da SOCIOLOGIA: ALBION SMALL (n. 11 Mai.1854; m. 24 Mar.1926)



Albion Woodbury Small, nasceu em 11 Maio, 1854 em Buckfield, no condado de Oxford, Maine filho do Reverendo Parris Keith Albion Small e Lincoln Thankful Woodbury. A sua família mudou-se para Bangor, no Maine e em seguida para Portland e Small frequentou as escolas públicas em cada uma dessas cidades. Small cresceu numa família religiosa rígida, com altos padrões morais que teve uma forte influência sobre os seus ideais e, sobre a sua visão da sociologia, como uma ciência da ética.
Após graduar-se em Colby College, em 1876, Small prosseguiu o trabalho no ministério Batista, na Instituição Teológica Newton (1876-1879). Formou-se, mas nunca foi ordenado. Na sequência do seu interesse pelo pensamento alemão, Small passou a estudar história, economia social e políticas sociais nas universidades de Berlim (1879-1880) e Leipzig (1880-1881). Também passou algum tempo em Weimar e no Museu Britânico em Londres. As suas experiências na Europa foram posteriormente relatadas como escritos sociológicos. Small casou-se com Valeria von Massow, na Alemanha, em 1881 e tiveram um filho.
Small foi então para o Colby College, em 1881, e leccionou cursos sobre história e economia política. Nessa época, ele apenas era professor convidado e nunca integrou os quadros do Colby College, tendo por isso um horário restrito. Com o tempo que tinha livre, Small começou a ler livros na área da sociologia e continuou os Estudos Avançados em Economia e História na Johns Hopkins University, onde recebeu seu Doutoramento. em 1889. O título da sua dissertação, que hoje pode ser encontrada nas colecções especiais da Universidade, foi "The Beginnings of American Nationality: The Constitutional Relations between the Continental Congress and the Colonies and States from 1774 to 1789". Small foi nomeado presidente da Colby College, em 1889, e substituiu o curso de filosofia moral tradicional, por um de Sociologia, um dos três primeiros cursos de Sociologia nos Estados Unidos. Publica o livro “Introduction to a Science of Society” (1890), constituído por extractos de pensadores sociais e filósofos alemães.
Small deixou Colby em 1892, para se tornar o primeiro professor de Sociologia na Universidade Nova de Chicago, situação única nos Estados Unidos, pois até então não existia professores unicamente de sociologia. Na Universidade, fundou o primeiro departamento de Sociologia acreditado numa universidade americana, e o primeiro no mundo, a oferecer a graduação e pós-graduação em Sociologia. Sob a sua liderança, como chefe do departamento, tornou-se o grande centro da sociologia, durante os primeiros 30 anos do século XX. Também foi Decano do Colégio de Artes Liberais. Nessa época, Small ajudou a criar o American Sociological Society, criou o American Journal of Sociology em 1895, a primeira revista do tipo nos Estados Unidos, sendo editor e autor de inúmeros textos. Em 1905 foi nomeado Decano da Escola Superior de Artes e Literatura da Universidade onde esteve no cargo até 1925. Small foi uma figura fundamental na fundação, desenvolvimento e profissionalização da sociologia no ensino Académico nos Estados Unidos.
Small estava particularmente interessado na disciplina de sociologia em si, bem como as inter-relações entre as várias ciências sociais. Ele escreveu uma introdução para o Estudo da Sociedade com George E. Vincent, em 1894, o primeiro livro do mundo sociológico. Na sua primeira grande obra “General Sociology” (1905), explicou o enfoque da sociologia como o processo pelo qual os grupos entram em conflito e, posteriormente, resolvem as divergências por meio do ajuste e inovação social. Em "Adam Smith and modern sociology" (1907), Small procurou interpretar o sentido moral e filosófica da Riqueza das Nações de Smith. O seu “The Meaning of Social Science” (1910) tornou-se uma extensão do anterior “General Sociology”, esclarecendo as suas ideias e valores da sociedade e da sua organização. Small aprofundou a teoria social em "The Cameralists" (1909), uma análise detalhada da teoria das políticas económicas do séc. XVI ao séc. XIX, na Alemanha. “Origins of Sociology” (1924) analisou novamente a Alemanha através da sua série de controvérsias académicas que forneceu a base para a moderna metodologia nas ciências sociais.
Small tornou-se o quarto presidente da American Sociological Society, entre os anos de 1912 e 1913. Seu panfleto presidencial em 1912, intitulado "O panorama actual das Ciências Sociais", foi entregue na sede da organização Reunião Anual, em Boston, e o seu discurso presidencial em 1913, intitulado "Uma visão de Eficiência Social", foi entregue na sede da organização na Reunião Anual, em Minneapolis.
Small, aposentou-se da Universidade de Chicago em 1925. Embora tivesse leccionado vários meses com uma saúde debilitada, o seu fervor académico nunca diminuiu. Small faleceu em Chicago a 24 de Março de 1926.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Momentos da Vida: 5ªs JORNADAS DE ALCOOLOGIA DO HOSPITAL MIGUEL BOMBARDA (14, 15 E 16 de Junho 2007)




Alexandre Barata(ISCTE),Prof.José Dias Urbano(Universidade de Coimbra), Manuel Sardinha(Hosp.José Maria Grande-Portalegre) e Marina Caldas(RTP)


Mais um momento da vida, que gostaria de compartilhar com todos. Após a realização da minha tese de Licenciatura em SOCIOLOGIA, cujo trabalho final se desenvolveu no Hospital Miguel Bombarda, CRAS, e Casa de Saúde do Telhal, fui convidado para apresentar um resumo da mesma, nas 5ªs Jornadas de Alcoologia do Hospital Miguel Bombarda, debaixo do tema, "Da adição à Subtracção: As Variáveis da Dependência", realizado nos dias 14, 15 e 16 de Junho de 2007, no Hospital do Mar, em Sesimbra. A minha mesa era coordenada pelo Dr. Manuel Sardinha do Hospital José Maria Grande em Portalegre, e contava ainda com a presença do Professor José Dias Urbano, professor jubilado da Universidade de Coimbra, Marina Caldas, da RTP e eu próprio.
Foi um momento memorável, com uma extraordinária apresentação do professor José Dias Urbano e um singelo contributo meu, realçando os percursos e as representações dos consumidores excessivos de álcool, num trabalho que realizei através de entrevistas com alguns dos doentes internados nas três instituições acima referidas. Claro, que depois da apresentação do Professor José Dias Urbano, qualquer outra ficaria diminuída, mas no entanto o interesse era mesmo o conteúdo e por isso acho que atingi os objectivos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Momentos da Vida: PRÉMIO MELHOR ALUNO DO ISCAL NA DISCIPLINA - ÉTICA E DEONTOLOGIA (23 de Novembro 2010)



Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2010/2011

É sempre gratificante receber um prémio, e este aconteceu devido ao facto de ter sido o melhor aluno do ISCAL, na disciplina - ÉTICA E DEONTOLOGIA. A entrega do prémio foi efectuada durante a Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2010/2011, onde além deste prémio foram entregues outros relacionados com o desempenho dos alunos ao longo do ano anterior. A sessão iniciou-se com a intervenção de vários oradores, desde o Presidente da Associação de Estudantes, até ao Presidente do ISCAL, e terminou com a actuação da Tuna do ISCAL. Pelo meio tivemos uma "Lição de Sapiência, dada pelo Prof. Doutor Carlos Alberto Batista da Costa, com o tema "A governação das empresas e o papel da auditoria". Finalmente um Cocktail, onde o convivio foi a marca e a troca de conhecimentos e informação o objectivo fundamental. O auditório estava repleto e a tarde que teve início às 15 horas, foi um sucesso. Viva o ISCAL.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os "Nossos" SOCIÓLOGOS...


ANTÓNIO FIRMINO DA COSTA


António Firmino da Costa (n. 1950) é Doutorado em Sociologia pelo ISCTE, em Lisboa, onde é Professor Auxiliar do Departamento de Sociologia do ISCTE.
Licenciado e Doutorado em Sociologia. Membro dos Conselhos Científicos do ISCTE e do CIESISCTE, das Comissões Científicas do Departamento de Sociologia do ISCTE, do Programa Internacional de Doutoramento em Antropologia Urbana (ISCTE, em Lisboa, e Universidad Rovira i Virgili, em Tarragona) e do Observatório das Actividades Culturais. Pertence aos Conselhos Editorais das revistas científicas Sociologia, Problemas e Práticas (CIES-ISCTE e Celta Editora), Obs (Observatório das Actividades Culturais), Trajectos (Secção de Comunicação, Cultura e Educação do Departamento de Sociologia do ISCTE e Editorial Notícias) e Sociologia (Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto). Projectos de investigação que desenvolve no CIES: Programme for the International Assessment of Adult Competencies (PIAAC) - Portugal (2008-2013); Observatório das Desigualdades (2008-2011); Leitura, Escola e Sociedade: Estudos de Avaliação do Plano Nacional de Leitura (2008-2011) Cientistas Sociais de Países de Língua Portuguesa: Histórias de Vida (2008- 2009); O Valor Económico da Língua Portuguesa (2008-2009).

Qualificações Académicas


·         Doutoramento em Sociologia, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em 1999
·         PAPCC em Sociologia, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em 1986
·         Licenciatura em Sociologia, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em 1981


Domínios de Investigação

·         Sociologia;
·         Desigualdades Sociais;
·         Leitura e Literacia;
·         Estudantes do Ensino Superior;
·         Ciência e Sociedade;
·         Culturas Urbanas;
·         Avaliação de Políticas Públicas


Projectos de Investigação no CIES


·         Programa Internacional para a Análise das Competências dos Adultos (PIAAC) - Portugal (2008-2013)
·         A Inserção Profissional de Investigadores Doutorados: Condições de acolhimento, formas de inserção e expectativas de futuro (2009-2012)
·         Observatório das Desigualdades (2008-2011)
·         Leitura, Escola e Sociedade: Estudos de Avaliação do Plano Nacional de Leitura (2008-2011)
·         Estudantes do Ensino Superior e Empréstimos com Garantia Mútua (2009-2011)
·         Barómetro de Opinião Hispano-Luso (BOHL) (2009-2010)
·         Cientistas Sociais de Países de Língua Portuguesa: Histórias de Vida (2008-2009)
·         O Valor Económico da Língua Portuguesa (2008-2009)
·         Learning to Learn (2008)
·         Os Estudantes e os seus Trajectos no Ensino Superior: sucesso e insucesso, factores e processos, promoção de boas práticas (2007-2008)
·         Os Premiados do Programa Gulbenkian de Estímulo à Investigação: Análise dos Percursos Científicos e Profissionais (2007-2008)
·         Estudo de Avaliação do Plano Nacional de Leitura (2006-2007)
·         Da Aprendizagem Informal ao Ensino Formal da Matemática: Processos Sociais de Transposição e Recontextualização de Módulos Interactivos e Práticas Experimentais (Projecto Pencil) (2005-2007)
·         Inquérito Socioeconómico aos Estudantes do Ensino Superior – 2007 (2005-2007)
·         Inquérito Socioeconómico aos Estudantes do Ensino Superior – Eurostudent 2005 (2003-2005)
·         Análise Sociológica do Programa Ciência Viva (2002-2004)
·         A Sociedade em Rede em Portugal (2002-2004)
·         Padrões de Vida: Perfis e Tendências na Sociedade Portuguesa Contemporânea (2000-2003)
·         Publicações e Públicos da Ciência (2000-2002)
·         Cultura Científica e Sociedade de Conhecimento (2001)
·         Novos Contributos para o Estudo da Literacia: Análises Comparativas e Desenvolvimentos Teórico-metodológicos (2000-2001)
·         Competitividade e Exclusão Social: as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (1997-2000)
·         Os Estudantes Universitários e a Sociedade Portuguesa: Cursos e Trajectos Estudantis (1997-2000)
·         A Modernização das Estruturas Sociais: Recomposição Social, Novos Valores, Protagonismos Emergentes (1997-2000)
·         Estudo de Avaliação do Impacto da Campanha «Sensibilização de Homens/Mulheres para a Partilha de Tarefas» (1999-2000)
·         International Adult Life Skills Survey: Re-development of Prose and Document Item Pools (1999-2000)
·         Euroliteracy Retest (1998-1999)
·         Cultura Popular em Alfama (1990-1998)
·         Portugal: Que Modernidade? (1996-1998)
·         Dar Voz aos Utentes (1997-1998)
·         Ciência e Parlamento (1994-1995)


Publicações

Costa, António F.. 2010. Factores, Representações e Práticas Institucionais de Promoção do Sucesso Escolar no Ensino Superior. ed. 1. Porto: U. Porto Editorial.

Costa, António F.; Conceição, Cristina P; Coelho, Ana R; Dias, Ângela. 2009. Trajectórias de Jovens Cientistas: O Prémio Estímulo à Investigação, 1994-2006. ed. 1. Lisboa: FCG e Gradiva.

Costa, António F.; Pegado, Elsa; Ávila, Patrícia; Coelho, Ana R; Alves, Tatiana. 2009. Avaliação dos 2º e 3º Anos do Plano Nacional de Leitura. ed. 1. Lisboa: GEPE-ME.

Costa, António F.; Machado, Fernando L; Ávila, Patrícia. 2009. Knowledge and Society (Portugal in the European Context, vol. II). ed. 1. Lisboa: Celta Editora.

Costa, António F.. 2008. Sociedade de Bairro: Dinâmicas Sociais da Identidade Cultural. ed. 2. Lisboa: Celta Editora.

Costa, António F.; Pegado, Elsa; Ávila, Patrícia; Caetano, Ana; Coelho, Ana R; Rodrigues, Eduardo; Melo, João. 2008. Avaliação do Plano Nacional de Leitura. ed. 1. Lisboa: GEPE-ME.

Martins, Susana C; Mauritti, Rosário; Costa, António F.. 2007. Higher Education Students: Survey of Socio-Economic Conditions, 2007. ed. 1. Lisboa: DGES-MCTES.

Costa, António F.. 2007. Sociologia. ed. 5. Lisboa: Quimera Editores.

Costa, António F.; Machado, Fernando L; Ávila, Patrícia. eds. 2007. Sociedade e Conhecimento (Portugal no Contexto Europeu, vol.II) ed. 1. Lisboa: Celta Editora.

Martins, Susana C; Mauritti, Rosário; Costa, António F.. 2007. Estudantes do Ensino Superior: Inquérito às Condições Socioeconómicas, 2007. ed. 1. Lisboa: DGES-MCTES.

Costa, António F.; Conceição, Cristina P; Pereira, Inês; Abrantes, Pedro; Gomes, Maria C. 2005. Cultura Científica e Movimento Social: Contributos para a Análise do Programa Ciência Viva. ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Martins, Susana C; Mauritti, Rosário; Costa, António F.. 2005. Condições Socioeconómicas dos Estudantes do Ensino Superior em Portugal. ed. 1. Lisboa: DGES-MCTES.

Cardoso, Gustavo; Costa, António F.; Conceição, Cristina P; Gomes, Maria C. 2005. A Sociedade em Rede em Portugal. ed. 1. Porto: Campo das Letras.

Almeida, João F.; Ávila, Patrícia; Casanova, José L; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Martins, Susana C; Mauritti, Rosário. 2003. Diversidade na Universidade: Um Inquérito aos Estudantes de Licenciatura. ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Cordeiro, Graça Í; Baptista, Luís V; Costa, António F.. eds. 2003. Etnografias Urbanas ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Costa, António F.; Ávila, Patrícia; Mateus, Sandra. 2002. Públicos da Ciência em Portugal. ed. 1. Lisboa: Gradiva.

Costa, António F.. 2001. Sociologia . ed. 3. Lisboa: Quimera Editores.

Guerreiro, Maria D; Costa, António F.; Gomes, Maria C; Ávila, Patrícia. 2000. Partilha das Tarefas Familiares entre Mulheres e Homens: Avaliação da Campanha Mediática . ed. 1. Lisboa: GICEA e Ministério do Trabalho e da Solidariedade.

Viegas, José M. L; Costa, António F.. eds. 2000. Crossroads to Modernity: Contemporary Portuguese Society ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Santos, Maria L. L.; Costa, António F.; Gomes, Rui T; Lourenço, Vanda; Martinho, Teresa D; Neves, José S; Conde, Idalina. 1999. Impactos Culturais da Expo'98: Uma Análise Através da Imagem Mediática. ed. 1. Lisboa: Observatório das Actividades Culturais.

Costa, António F.. 1999. Sociedade de Bairro: Dinâmicas Sociais da Identidade Cultural. ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Santos, Maria L. L.; Antunes, Lina; Conde, Idalina; Costa, António F.; Outros. 1998. As Políticas Culturais em Portugal. ed. 1. Lisboa: Observatório das Actividades Culturais.

Viegas, José M. L; Costa, António F.. eds. 1998. Portugal, que Modernidade? ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Benavente, Ana; Rosa, Alexandre; Costa, António F.; Ávila, Patrícia. 1996. A Literacia em Portugal: Resultados de uma Pesquisa Extensiva e Monográfica. ed. 1. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Jesuíno, Jorge C; Amâncio, Lígia; Ávila, Patrícia; Carapinheiro, Graça; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Patrício, Maria T; Stoleroff, Alan; Vala, Jorge. 1995. A Comunidade Científica Portuguesa nos Finais do Século XX: Comportamentos, Atitudes e Expectativas . ed. 1. Oeiras: Celta Editora.

Valente, Isabel; Machado, Fernando L; Costa, António F.. eds. 1995. Experiências e Papéis Profissionais dos Sociólogos ed. 2. Lisboa: Associação Portuguesa de Sociologia.

Almeida, João F.; Capucha, Luís; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Nicolau, Isabel; Reis, Elizabeth. 1994. Exclusão Social: Factores e Tipos de Pobreza em Portugal . ed. 2ª. Oeiras: Celta Editora. Edição alargada.


Benavente, Ana; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Neves, Manuela C. 1993. De l'Autre Côté de l'École . ed. 1. Berne: Peter Lang.


Almeida, João F.; Capucha, Luís; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Nicolau, Isabel; Reis, Elizabeth. 1992. Exclusão Social: Factores e Tipos de Pobreza em Portugal . ed. 1ª. Oeiras: Celta Editora.


Costa, António F.. 1992. Sociologia. ed. 1. Lisboa: Difusão Cultural.


Benavente, Ana; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Neves, Manuela C. 1992. Do Outro Lado da Escola . ed. 3. Lisboa: Editorial Teorema. Edição alargada.


Costa, António F.; Brito, Joaquim P.; Quitério, José; Dias, Marina T; Carvalho, Ruben; Chicó, Sílvia. 1991. Festas de Lisboa . ed. 1. Lisboa: Livros Horizonte.


Valente, Isabel; Machado, Fernando L; Costa, António F.. eds. 1990. Experiências e Papéis Profissionais de Sociólogos ed. 1ª. Lisboa: Associação Portuguesa de Sociologia.


Benavente, Ana; Costa, António F.; Machado, Fernando L; Neves, Manuela C. 1987. Do Outro Lado da Escola . ed. 1. Lisboa: , Instituto de Estudos para o Desenvolvimento / Rolim.


Costa, António F.; Guerreiro, Maria D; Freitas, Francisco; Ferreira, Maria H. 1984. Artes de Ser e de Fazer no Quotidiano Operário: Uma Pesquisa Sociológica sobre Sistemas de Trabalho e Identidades Culturais Operárias . ed. 1. Lisboa: CIES/ISCTE.


Costa, António F.; Guerreiro, Maria D. 1984. O Trágico e o Contraste: O Fado no Bairro de Alfama . ed. 1. Lisboa: Publicações Dom Quixote.


Capítulos de Livros Publicados

·         Mais de 40 Publicações.

Artigos em Revistas com arbitragem científica

·         Cerca de 34 artigos.

Apresentações Orais de trabalhos

·         Mais de 200 apresentações.

Projectos de Investigação

·         Cerca de 60 projectos de investigação

Membro de Associações Profissionais/Científicas

·         Cerca de 15, sendo um dos fundadores da Associação Portuguesa de Sociologia.

Organização de Eventos

·         Aproximadamente 45 eventos.

Participações em Júris de Doutoramento e Mestrado

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Mundo que nos Rodeia: PRECISA-SE DE MATÉRIA PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS


Fui recuperar este artigo de alguém que já não se encontra entre nós, mas que tinha uma visão perfeita, real, e concreta da realidade portuguesa, deixou-nos este artigo de uma sensibilidade fora do comum, sim porque em Portugal é fora do comum alguém assumir a sua responsabilidade. Este magnífico artigo publicado no Público, deveria ser lido por todos os portugueses, por isso deixo aqui o meu contributo, e hoje já olhei para o espelho e pensei...só efectivamenete português.

Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. O que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudoo que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo
nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar
projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe
média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma
criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto
a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a
criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um
guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como
português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que
confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.


Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro de que o encontrarei quando me olhar no espelho.
Aí está. Não preciso procurá-lo noutro lado.